Proibição de sacolas plásticas prejudica lucros de pequenas empresas
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Proibição de sacolas plásticas prejudica lucros de pequenas empresas

Mar 25, 2024

A lei tem boas intenções, mas os pequenos negócios reclamam que o cumprimento da Portaria Municipal 2.343 alterada, que proíbe o uso de sacolas plásticas às quartas, sextas e sábados para evitar o congestionamento de aterros e o entupimento de cursos d'água que provocam inundações, vem cortando em seus lucros.

Proprietários de pequenas empresas entrevistados pela SunStar Cebu disseram que estão seguindo a lei e usando alternativas como sacos de papel ou “bulsita”, mas que mal sobrevivem devido ao alto custo de conformidade.

Expandido lentamente

O decreto foi aprovado pela primeira vez na cidade de Cebu em 2013 para cobrir apenas um dia da semana, mas o vereador Nestor Archival posteriormente redigiu uma emenda que ampliou a proibição para três dias por semana, dizendo que era uma forma de treinar os residentes da cidade de Cebu para recusar o utilização de sacos de plástico e iniciar a utilização mais sustentável de sacos de pano, sacos ecológicos e do “bayong” ou cesto local.

De autoria dos então vereadores Nida Cabrera e Edgardo Labella, a CO 2343 foi aprovada em 16 de janeiro de 2013. Proíbe que os estabelecimentos comerciais da cidade utilizem sacolas plásticas como material de embalagem primária todos os sábados. Também proíbe a venda dessas sacolas plásticas a consumidores ou clientes aos sábados.

A portaria prevê que, um ano após sua vigência, a proibição seja ampliada para incluir a quarta-feira.

Em 11 de março de 2020, os “dias sem plástico” foram ampliados para incluir sexta-feira, sendo a autoria da alteração a Archival.

“Podemos compreender que tal decreto é útil, especialmente no momento em que (plásticos obstruindo riachos e rios na cidade de Cebu) nos afeta. Mas e quanto ao nosso lucro? Judy Ann Navidad, de Barangay Mambaling, cidade de Cebu, proprietária de uma loja de varejo, falou sobre os efeitos da proibição do uso de plásticos descartáveis ​​em seu negócio.

Tempo difícil

Navidad foi um dos cinco indivíduos entrevistados pela SunStar Cebu na terça-feira, 1º de agosto de 2023, que não cumpriram as determinações ou reclamaram que os pequenos empresários mal conseguem lucrar com sua aprovação.

Vanessa Carunggay, proprietária de insumos agrícolas e veterinários (agrivet), também enfrentava dificuldades para cumprir a portaria, pois seu negócio necessita do duplo uso do plástico por lidar com peso.

Sacolas de papel, e até sacolas ecológicas, não são recomendadas e são inconvenientes, disse ela.

O mesmo 'plástico'

Ela já conhece a portaria há muito tempo, mas disse que a proibição do uso de sacolas plásticas não convém a negócios como o dela. Ela disse ainda que o mesmo “plástico” ainda é utilizado no mercado público.

“Nós cumprimos porque ainda podemos usar plástico. Às segundas, terças, quintas e domingos utilizamos sacolas plásticas com alça. Mas às quartas, sextas e sábados usamos plástico sem asa”, disse um vendedor de fruta que vende fruta no Mercado Público de Ramos há 20 anos.

A vendedora, que não quis ser identificada, enfatizou que estava em conformidade, mas expressou confusão sobre o motivo pelo qual é permitido usar o mesmo componente para sacolas (plástico) como alternativa.

“Por que a lei é assim?” ela perguntou.

O que é um saco plástico?

CO 2343 define sacola de compras de plástico como “qualquer sacola de transporte ou sacola perfurada feita de polietileno com espessura variando de 7 a 25 mícrons utilizada ou vendida no ponto de venda de varejo para transportar e transportar produtos ou mercadorias de varejo”.

Ao pedir a aprovação do CO 2343, Labella e Cabrera disseram que as sacolas plásticas distribuídas gratuitamente em grande número por estabelecimentos comerciais são projetadas como produtos de uso único ou descartáveis ​​e constituem a maior parte dos resíduos plásticos gerados anualmente pelas famílias filipinas.

Eles disseram que os plásticos bloqueiam os sistemas de drenagem e causam inundações mortais. Eles disseram que os dados científicos indicam que alguns plásticos levam 1.000 anos para se degradarem.

Plástico vital

Jaime Cruz, 36 anos, dono de peixaria há oito anos também no Mercado Público de Ramos, disse que utilizam sacos de plástico com alça e sem alça.